Alguma coisa exige mais fé do que um salto de fé sem fé?
Ela não se imaginava, assim, pendurada, se fosse pensar pouco tempo atrás. Andava entre planícies colhendo maçãs, mordia as mais doces pra justificar o trabalho. Andava no plano. Num mundo plano e extenso, tal qual os mapas antigos, os que terminavam no abismo.
Agora, era ele. Era ela, o abismo. De frente pra ele ela estava, surpresa que ficou da planície ter fim. Recém-chegada nas bordas, pensou em dar meia-volta e percorrer novamente todo o mundo plano cruzando as duas metades. Mas uma vez que se vê o fim, já não tem volta. Então ela se jogou. E para sua surpresa, ao invés do vazio infinito, percebeu-se num poço sem fundo.
terça-feira, 27 de abril de 2010
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