crise tem sido moda. pra mim, nunca foi. acho um saco, porque tudo pára. ou antes parasse, tudo dá voltas, tudo dá náuseas, eu, correndo atrás do rabo. é claro que vem para bem, a gente cresce e etc, mas até que chegue...são voltas e voltas...
nessa semana assumi uma crise. crisezinha, mas ei-la aí, inevitável, dando sono nas horas erradas e tirando o sono nas madrugadas.
mas dessa vez, ela veio com um rosto. um rosto gordo e escroto. que ria e urinava em mim, enquanto eu, com a boa vontade de uma boa alma, fazia o que ele pedia.
foi um sonho. a figura escrota (antes, não assim revelada) me pedia para que eu pegasse um par de pilhas num poste - assim são os sonhos, não me peça explicações. botei a mão no poste, levei um choque desses de prender os dedos, o cara ria e mijava na minha cara. muito humilhante. por alguma razão desconhecida, o pedro chorou bem nessa hora, como um anjo me tirando de perto daquele traste no meio da madrugada para sua mamadinha de sempre...e deixando claro o confronto com essa energia indesejável.
o cara gordo e escroto?
não. esse é só mais um daqueles personagens internos. a energia indesejável é aquela que me faz virar uma ameba, ficar suscetível, perder meu chão.
por que, ô caralho, eu não faço logo o mero fazer? o que vim pra fazer? por que, ó por que, uma multidão de palavras inúteis invadem minha cabeça me tirando o sossego, atisicando a certeza, a clareza, a coragem, a confiança? a claudia, sei lá. hoje está estranho até dizer meu nome, como se não fosse eu.
sábado, 5 de abril de 2008
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