lá estava ela, e o abismo
um texto que ainda vou escrever. estou com uma certa saudade de um delírio, a vida de repente aterrou demais.
são momentos e momentos. mas dá saudades de dioniso
essa foto foi tirada há mais de dez anos, numa expedição com um grupo de atores e de fotógrafos. Foi animada pelo renatinho chaui, um espírito lindo que hoje é só espírito.
um dia, foi ele e o abismo. e o abismo ganhou a batalha.
pra ele, naquela época, escrevi um texto. hoje, não sei por que, veio à tona:
Voa, meu amigo, voa
Ao encontro da sua paz (?) aqui nunca conquistada
Ao encontro da sua paz (?) aqui nunca conquistada
Voa, meu amigo, voa,
Voa dentro de mim com o olhar edificante com que você enquadrava o mundo, e sua sede de vida nunca saciada
(talvez por procurar se adequar ao inadequável)
Não quero romantizar seu salto. Nem tentar entender suas razões, ou a falta delas.
Só espero, como um último desejo,
que sua alma tenha se refeito em algum ponto do infinito para onde você mirava.
E sua imagem voando será a minha herança
Tão fiel como sua amizade
E sua imagem no ar será a minha certeza
De que esse mundo ainda não é feito para os humanos
E sempre que eu estiver prestes a sentar no conforto e acreditar no que me vendem
Seu vôo me fará levantar, seguir em frente e mudar alguma coisa.
Voa dentro de mim com o olhar edificante com que você enquadrava o mundo, e sua sede de vida nunca saciada
(talvez por procurar se adequar ao inadequável)
Não quero romantizar seu salto. Nem tentar entender suas razões, ou a falta delas.
Só espero, como um último desejo,
que sua alma tenha se refeito em algum ponto do infinito para onde você mirava.
E sua imagem voando será a minha herança
Tão fiel como sua amizade
E sua imagem no ar será a minha certeza
De que esse mundo ainda não é feito para os humanos
E sempre que eu estiver prestes a sentar no conforto e acreditar no que me vendem
Seu vôo me fará levantar, seguir em frente e mudar alguma coisa.
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