ARACI
A minha alma, a minha vontade desagua doente
enferma enferma grita e desdiz a morte
Vem! Sente!
Esse vapor gelado pelos dentes
sente...
a urgência de não esperar permissão
Vem! Ó frágil reprimido
vem e afasta o perverso da submissão
Aceita o que é puro, mesmo que pareça devasso
recusa o que é pudico, mesmo que pareça sensato
me deixa assim entregue a deus
me deixa assim como deus me fez
me deixa ser seu lavapés
me deixa ser seu louva-deus
despe-se em meia-noite de lua
no meio da noite do medo
antes do amor me pegar pelos dentes
me cuspir no infinito
E gozar na minha cara.
Te amo tanto, meu amado!
Te amo!
ME AMA!
ME DÁ, DESESPERADAMENTE, ME DÁ AMOR!
Em que momento, me diz, me esqueci lá atrás,
como uma mártir acorrentada num labirinto sem volta?
Sinto que estou secando
Em calmas ondas cristalinas...
sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008
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